27.7.10
parada é suicida, porque a vida é muito curta e a estrada é comprida.
Você sobe e você desce na escada da vida e às vezes parece que a batalha
está perdida e que você voltou pro ponto de partida. Vai à luta,
levanta, revida! Vai em frente, não se rende, não se prende nesse medo
de errar, que é errando que se aprende, que o caminho até parece
complicado e às vezes tão difícil que você se surpreende quando sente de
repente que era tudo muito simples. Vai em frente que você entende. Vai
na marra, vai na garra, vai em frente. E se agarra no seu sonho com
unhas e dentes. Pra saber o que é possível é preciso que se tente
conseguir o impossível, sempre alimente a esperança de vencer. Só duvide
de quem duvida de você."
Gabriel O Pensador
2.7.10
Brasil
Sempre soube que o que mais mexe com o emocional das pessoas (aqui no Brasil pelo menos) é o futebol. Nervos a flor da pele, coração quase saindo pela boca, mãos que transpiram, pernas que não param de se balançar velozmente.
Nas outras Copas senti tudo isso, mas não com tanta intensidade. Queria mesmo que o Brasil ganhasse para poder pegar um carro, ir para um lugar cheio de gente e comemorar. Comemorar muito. Pular, gritar, tomar algo que tenha álcool. Lembro-me de que quando perdemos para a França a sensação foi horrível, como íamos sair para comemorar e fazer aquela bagunça? Resultado: todo mundo de volta pra casa de cabeça baixa!
Esse ano não. A sensação foi diferente. A dor foi maior.
Mesmo um pouco mais velha, continuo gostando de bagunça. Nada melhor do que juntar a galera, varias vunvunzelas, gritaria, xingamentos, cerveja entre outras coisas.... tudo isso faz parte de uma partida de futebol. Acompanhar o trajeto da bola em direção ao gol (quanto mais próxima do gol a Jabulani chegava, lentamente vamos nos levando dos acentos e com a mão no peito e a outra segurando o copo de cerveja vamos torcendo e rezando para que ela só pare quando encontrar as redes)
Ver esse jogo hoje me fez perceber que o futebol é a “única” coisa capaz de unir as pessoas. Em lugares diferentes, de maneiras diferentes o objetivo é o mesmo. A energia que se sente em um jogo do Brasil é algo inexplicável. A sensação de perder é mais forte do que qualquer outras.
Durante o jogo por varias vezes escutei o Galvão dizer “agora o cronômetro é inimigo da seleção” não concordo com isso. O maior inimigo do Brasil talvez fosse o peso da camisa, a “obrigatoriedade” de ganhar e a decepção em decepcionar milhões de pessoas.
Em meio a grande quantidade de criticas, sinceramente não acho que a seleção foi bem. Estava na cara que isso ia acontecer, foi só pegar um time um pouco mais forte que a verdade apareceu. Não estávamos prontos, quando digo nós, digo no sentido literal da palavra. É difícil perder, é mais difícil ainda aceitar a derrota, assistir de fora e não poder fazer nada. Ver que a solução está ali, ficar de mãos atadas. Difícil. Muito difícil.
É triste ver que a Copa pra nós acabou.
Foi doída ver as lagrimas no rosto do Julio César.
Assim que o jogo acabou, as crianças aqui da minha rua voltaram a brincar de futebol, a conversa delas foi a seguinte “vamos fazer assim: a gente se divide em dois times, você escolhe um e eu outro, só não vale escolher o Brasil, porque esse só perde!”. Difícil. Muito difícil