15.10.10
Amor
Se ele existe será todos têm o direito de te-lo? Ou somente alguns escolhidos podem desfrutar desse sentimento?
Ultimamente percebo que esse tal de amor, é algo que vive a brincar com a gente. Que hora nos deixa feliz. Hora nos deixa triste. Traz-nos euforia, ansiedade, vontade, desejos. Suas reações são os tais frios na barriga, arrepio, calafrio. O amor vem acompanhado com um pouco de loucura também. Deixa o objeto amado longe daquele que o ama você vai entender essa loucura!
O amor é algo que mexe com você dos pés a cabeça, mesmo sem sua autorização. Ele nunca pede autorização. Ele nos invade de tal maneira, que quando percebemos já estamos todos tomado e dependentes dele.
Isso é bom.
Isso é ruim.
Antes eu não precisava dele. Antes eu não o queria o tempo todo. Antes não contava as horas para vê-lo, para ouvir aquela voz, para sentir o calor daquele toque. Antes era apenas antes.
Hoje sou mais feliz que antes. Hoje o amor me enlouquece. Hoje o amor me desperta desejos, vontades. Hoje o amor me completa. Ele me completa.
Ahhh o amor! Como é bom ter você por perto.
Descobri que todos tem o direito de desfrutá-lo.
26.9.10
Decepção
Principalmente quando você aposta nesse alguém, quando se depositava certa confiança naquele sorriso, quando aquele olhar lhe transmitia toda a segurança do mundo.
Todo ser humano é passivo de erros, de falhas, de escolhas erradas e atitudes por impulso.
Em um momento queremos, no segundo seguinte não queremos mais.
O pior de uma decepção é envolver as pessoas, mesmo que seja sem nenhuma intenção, mas sempre envolvemos alguém.
Chorar faz parte do caminho.
Cair quando se encontra um buraco também faz parte do caminho.
A decepção é algo que estamos sujeitos a encontrar com a maior facilidade. Ela sempre esta ali de certo modo, a nossa espera. Em algumas vezes ela é sutil, breve e superficial. Em outras é grosseira, avassaladora e deixa profundas cicatrizes.
Na minha visão a pior decepção é a falta de coragem. O não olhar nos olhos e dizer aquilo que se sente, aquilo que se quer dizer, por medo de magoar ou até pelo simples fato de “decepcionar” o outro. A falta de coragem é a maior das decepções.
Enfrentar uma situação de frente por pior que seja a conseqüência não é méritos para todos. Não são todos os seres humanos que conseguem se aliar a coragem e com ela amenizar a dor da decepção.
Eu esperava essa coragem dele. Não esperava que minha aposta fosse perdida, que a segurança que até ontem sentia, se tornasse um sentimento ruim, que não tem nome.
A falta de coragem dele dói em mim.
25.8.10
Passado
Ele resolve reaparecer de uma forma diferente para mexer no presente e talvez mudar o futuro. Você volta a sentir todas aquelas sensações e sentimentos já sentidos antes, você volta a querer aquilo que já havia esquecido. Tudo vira uma confusão ai dentro.
O passado voltou.
E ele trouxe presentes. Surpresas. Trouxe com ele um lindo sorriso, batidas fortes e aceleradas de um coração e não se esqueceu daquele friozinho na barriga que caracteriza o sentimento.
Apesar de ser o passado é tudo tão novo, tudo tão gostoso.
Esse passado voltou para fazer um futuro diferente, transformou o presente em um momento gostoso, intenso e surpreendente.
Ah passado!!
27.7.10
parada é suicida, porque a vida é muito curta e a estrada é comprida.
Você sobe e você desce na escada da vida e às vezes parece que a batalha
está perdida e que você voltou pro ponto de partida. Vai à luta,
levanta, revida! Vai em frente, não se rende, não se prende nesse medo
de errar, que é errando que se aprende, que o caminho até parece
complicado e às vezes tão difícil que você se surpreende quando sente de
repente que era tudo muito simples. Vai em frente que você entende. Vai
na marra, vai na garra, vai em frente. E se agarra no seu sonho com
unhas e dentes. Pra saber o que é possível é preciso que se tente
conseguir o impossível, sempre alimente a esperança de vencer. Só duvide
de quem duvida de você."
Gabriel O Pensador
2.7.10
Brasil
Sempre soube que o que mais mexe com o emocional das pessoas (aqui no Brasil pelo menos) é o futebol. Nervos a flor da pele, coração quase saindo pela boca, mãos que transpiram, pernas que não param de se balançar velozmente.
Nas outras Copas senti tudo isso, mas não com tanta intensidade. Queria mesmo que o Brasil ganhasse para poder pegar um carro, ir para um lugar cheio de gente e comemorar. Comemorar muito. Pular, gritar, tomar algo que tenha álcool. Lembro-me de que quando perdemos para a França a sensação foi horrível, como íamos sair para comemorar e fazer aquela bagunça? Resultado: todo mundo de volta pra casa de cabeça baixa!
Esse ano não. A sensação foi diferente. A dor foi maior.
Mesmo um pouco mais velha, continuo gostando de bagunça. Nada melhor do que juntar a galera, varias vunvunzelas, gritaria, xingamentos, cerveja entre outras coisas.... tudo isso faz parte de uma partida de futebol. Acompanhar o trajeto da bola em direção ao gol (quanto mais próxima do gol a Jabulani chegava, lentamente vamos nos levando dos acentos e com a mão no peito e a outra segurando o copo de cerveja vamos torcendo e rezando para que ela só pare quando encontrar as redes)
Ver esse jogo hoje me fez perceber que o futebol é a “única” coisa capaz de unir as pessoas. Em lugares diferentes, de maneiras diferentes o objetivo é o mesmo. A energia que se sente em um jogo do Brasil é algo inexplicável. A sensação de perder é mais forte do que qualquer outras.
Durante o jogo por varias vezes escutei o Galvão dizer “agora o cronômetro é inimigo da seleção” não concordo com isso. O maior inimigo do Brasil talvez fosse o peso da camisa, a “obrigatoriedade” de ganhar e a decepção em decepcionar milhões de pessoas.
Em meio a grande quantidade de criticas, sinceramente não acho que a seleção foi bem. Estava na cara que isso ia acontecer, foi só pegar um time um pouco mais forte que a verdade apareceu. Não estávamos prontos, quando digo nós, digo no sentido literal da palavra. É difícil perder, é mais difícil ainda aceitar a derrota, assistir de fora e não poder fazer nada. Ver que a solução está ali, ficar de mãos atadas. Difícil. Muito difícil.
É triste ver que a Copa pra nós acabou.
Foi doída ver as lagrimas no rosto do Julio César.
Assim que o jogo acabou, as crianças aqui da minha rua voltaram a brincar de futebol, a conversa delas foi a seguinte “vamos fazer assim: a gente se divide em dois times, você escolhe um e eu outro, só não vale escolher o Brasil, porque esse só perde!”. Difícil. Muito difícil
21.2.10
Viagem para o interior!
Logo de cara encontrei a vaidade, não tinha noção do tamanho do espaço que ela ocupava dentro de mim, confesso que já foi maior, notei que a auto-estima ai aos poucos tomando seu espaço tentando fazer com que ela ficasse do tamanho ideal. Cabelo, maquiagem e acessórios não são tudo na vida, quanto mais a auto-estima ganhava espaço, mais conseguia entender que cultivar somente a vaidade iria me levar a um caminho fútil e superficial.
A alegria estava logo abaixo, do seu lado a tristeza, a raiva e a irritação. Percebi que a irritação é bem sensível, bastava apenas encosta-la que já colocava suas garras para fora cutucava a raiva e se fosse necessário chamariam a tristeza. As três juntas sempre que podem dão um jeito de dar um chega pra lá na alegria, porem persistente que é, não deixa se abater com facilidade, quando necessário fica um pouco apagada para revitalizar suas forças e parte com tudo para derrubar seus oponentes. Encontrei bem no meio da alegria e da tristeza o reservatório de lagrimas, com isso entendi como elas sempre se manifestam em qualquer ocasião, bastava a alegria se inflar um pouco ou a tristeza se expandir um único centímetro para as lagrimas aparecerem.
Notei que o medo estava espalhado por todo canto. Ser feliz me dá medo. A tristeza também vem acompanhada do medo. A insegurança, o risco, a vontade também traz de brinde o medo. O medo ocupa em mim um espaço maior do que poderia imaginar e maior do que poderia aceitar. Todos os caminhos tinham como pano de fundo o medo, a coragem por sua vez estava sempre perseguindo o medo. Em algumas vezes ela conseguia alcança-lo e ai a luta começava. Quando a coragem ganhava a alegria se inflava, quando o medo vencia a tristeza se expandia. Fiquei com medo de sentir tanto medo, a fraqueza se manifestou nesse momento, talvez fosse só para me avisar “eu estou aqui, não vá se esquecer”, mas logo a força acabou com sua festa e mostrou sua onipotência e sua força, propriamente dizendo.
Em canto quase bem escondido havia uma caixinha bonita e fechada com um laço, nela estava escrito com letras grande e bem visível “preconceitos”. Não fiquei surpresa ao encontrá-la, sempre soube que existiam, no entanto há tempo eles não se manifestam, por isso estão guardados dentro dessa bonita caixa.
Quando voltei dessa viagem, tudo estava mais claro. A confusão de sentimentos e sensações estava começando a ser explicada. A tristeza é vizinha da alegria, que é vizinha da fraqueza, que mora ao lado da força, a vaidade e a auto-estima estão em uma disputa por espaço e o medo percorre todos os caminhos. Notei que estou longe de ser uma pessoa totalmente evoluída livre de todo e qualquer tipo de pré-conceito. Somente agora me dei conta de que não encontrei com a inveja, será que ela não existe ou ela esta guardada dentro de outra caixinha, perdida dentro de mim?